junho 19, 2013

Troca de selos

Na segunda feira no blog Orca: Observar, Recordar, Crescer y Aprender, (um blog que eu sigo e gosto muito), a Marvan propôs fazer um intercâmbio de selos.
Assim que li o post decidi logo que ia mandar-lhe um mail para fazermos um troca. Fascinam-me os selos. Dos meus 10 aos 16/17 anos andei viciada em selos. Fiz uma coleção bem grande. Tinha os álbuns, a pinça, e a lupa. Pedia selos a toda a gente que conhecia  e outros comprava-os na baixa de Coimbra nuns alfarrabistas que havia naquela altura. Os que ainda estavam em papel punha-os em água quente para facilmente se descolarem. Lembro-me de me dizerem que os selos fiscais não interessavam para coleção, mas eu achava-os tão lindos que também os colecionava. Depois a coleção de selos ficou guardada e a febre que eu tinha pelos selos adormecida. Os selos nas cartas começaram a desaparecer e a ser substituídos por carimbos e até a troca de cartas é agora uma raridade. Mas os selos continuam a transmitir um fascínio quer pela sua variedade quer pela informação que podem dar sobre diferentes países.

Aqui há uns tempos decidi mostrar ao F. a minha coleção e falar-lhe da minha paixão naquela altura pelos selos e do que eu aprendia sobre os diferentes países que colecionava. Ele viu os álbuns, mas não mostrou grande entusiasmo.
Quando li o post da Marvan, falei-lhe de que poderíamos fazer uma troca com um menino de Espanha que gosta muito de colecionar selos. E não é que ele ficou fascinado. Disse logo que sim e quis ver de novo os selos para ver os que tínhamos repetidos para trocar.

Além desta troca a Marvan também partilhou um recurso fantástico relacionado com selos e que, para quem gosta deste assunto, é a loucura! Na Postal History Foundation podemos pedir uma carteira de selos sobre um determinado tema e mandam-nos os selos com atividades didáticas para fazer com as crianças. Vou tentar também contactá-los.





junho 04, 2013

VI Mercado de Trocas

Já tinha falado aqui no Mercado de Trocas. Pois aí vem o VI. É já no próximo sábado dia 8 de Junho.
É um Mercado em que não entra dinheiro de verdade e em que são as crianças que põem o preço nos seus brinquedos e fazem as transações entre eles. Eu e o F. adoramos.Eu divirto-me a encontrar livros, DVD´s, jogo interessantes e o Francisco anda à caça de mais brinquedos.
O F. na última edição deixou no banco muitos "Jardins". Neste sábado vai poder comprar muito!
Aqui fica o convite para quem for de Coimbra ou estiver perto.

maio 13, 2013

Almofadas únicas


De vez em quando o F. gosta de pegar nas canetas e fazer um desenho em tecido. Tinha aqui um desenho que ele fez no verão passado, que gosto muito  e que serviu de cabeçalho para o nosso blog, e um outro feito aqui há uns dias. Para não andarem escondidos em gavetas decidi fazer umas almofadas que, tendo sido feitas pelo meu filhote são únicas. Estas ficaram pequeninas mas ficam muito bonitas para decorar o quarto dele. Fazem sucesso e surpreendem que vem cá a casa. Aqui fica a ideia!







abril 28, 2013

Nature Journal

Depois de uma manhã muito divertida e colorida no Jardim Botânico e com um tesouro lindo e colorido encontrado durante o passeio, havia que perceber um pouco o que eram aquelas coisas que tínhamos encontrado.



Propus-lhes fazerem um pequeno livro onde registassem com desenhos e descrição aquilo que encontraram. Separaram os achados por grupos: folhas, flores, pinhas, frutos. 



Começaram por fazer a capa do seu livro, onde escreveram o local dos achados e o nome do autor. Na página seguinte escreveram a data e começaram as suas representações.




 Claro que a figueira estranguladora foi a protagonista, com o F. a desenhar uma escada para trepar à árvore e os miúdos lé em cima a brincarem (a escada foi imaginação sua, pois a árvore não tem lá nenhuma escada, tem de ser mesmo trepada e como ele conseguiu lá chegar acima era como se tivesse subido uma escada) . Seguiram-se então os desenhos dos frutos, das flores e das pinhas.




Eles acabaram por aprender bastante com estas duas atividades que saíram muito naturalmente no decurso de um passeio e que não tinham sido nada planeadas. Olharam para o o Jardim Botânico de forma diferente, pois até aqui só lá íamos passear. Estiveram atentos a aspetos que na maioria das vezes passam despercebidos. Aprenderam um pouco mais sobre as árvores. 
E ainda chegaram à conclusão que teria sido importante se escrevêssemos o nome das árvores pois muitos dos achados não sabíamos de que árvores vinham. Quer dizer que este trabalho não terminou e eles ficaram com vontade de voltar. Da próxima vez há que levar um livrinho para o local e fazer lá os registos.

Tesouro no Jardim Botânico

Temos a sorte de viver numa cidade que tem um lindo Jardim Botânico. Hoje fomos aproveitar o sol e passear naquele espaço. Não tínhamos pensado em nada de especial para fazer, apenas passear, brincar, divertir e apanhar sol. Mas na verdade seguiram-se atividades que nos levaram a entrar no mundo fantástico das plantas.
O sítio de eleição e onde passamos muito tempo foi junto da figueira estranguladora (Ficus macrophyla), que com os seus braços e raízes gigantes dá para escalar e estarem lá em cima várias pessoas.


Lembrei-me de dizer aos miúdos (ao F. e à nossa amiga J. de nove anos e que nos costuma acompanhar em muitas brincadeiras) para fazermos uma caça aos tesouros da natureza. As regras eram: apanhar o que achássemos interessante e que viesse das árvores (casacas, frutos, flores, sementes) e só se podia apanhar material do chão e não apanhar das árvores. O objetivo era ir fazendo uma coleção dos achados no muro do jardim. Eles acharam interessante, e começou a caçada. Andavam de olhos postos no chão e a seguir no ar para ver donde vinha o tesouro que se tinha encontrado.
Muito giro. Nestas coisas acabo sempre por me surpreender pela positiva com as crianças. Como eles estavam tão interessados, e a percorrer todos os cantos à procura de sementes, folhas e pinhas diferentes.
À medida que as mãos iam ficando cheias íamos colocar os achados no muro e a coleção ía crescendo. Como nos íamos afastar para a mata do Botânico para continuar a nossa caça, colocamos um papel a pedir aos visitantes que não mexessem na nossa coleção. E ela lá ficou no muro até ao nosso regresso.


Na mata as crianças divertiram-se nos baloiços do skyGarden. Quando voltamos acabamos a coleção e expusemos todos os nossos tesouros.




A coleção assim exposta ficou mesmo bonita. Eles ficaram encantados ao verem tantas coisas e com cores tão diferentes
. Teve piada que até uma rapariga estrangeira que andava a passear por ali viu a nossa coleção e pediu-nos para fotografar. As crianças ficaram muito orgulhosas.
Depois das fotos, colocamos todos os achados num saco e trouxemos para casa a nossa linda coleção.
Que bela manhã!





abril 26, 2013

As horas e os minutos



O F. já tinha relógio há muito tempo e andava com ele no pulso, mas nunca se tinha importado muito em saber ver as horas. Acho que ainda não tinha chegado a hora! Entretanto eu achei que já era tempo de aprender.
Nas minhas pesquisas pela internet encontrei atividades várias para fazer com ele. Mas foi aqui que encontrei uma série de tarefas engraçadas  à volta do relógio, das horas e dos conceitos de horas e minutos.

Fiz um relógio sem números que imprimi daqui, e que o F. e outro amigo que estava aqui em casa connosco acabaram de construir. Colaram os números e os ponteiros. Então durante um bom bocado brincamos apenas com as horas. Eu dizia as horas e eles iam girando os ponteiros e colocavam as horas certas. Também imprimi uns relógios com as horas e colei em cartão. E a seguir fez-se novo jogo. Eles tiravam um cartão ao acaso e depois tinham que dizer as horas indicadas.



Num outro dia desta semana, compliquei um pouco mais. Fomos tentar perceber essa coisa dos minutos. Fiz então o relógio grande e construí as tiras divididas. O F. percebeu que cada tira correspondia a 5 minutos e cada traço a 1 minuto. Ao colocar no relógio viu logo que no número 1 das horas corresponde o número 5 dos minutos. Entre o 1 e o 2 passam-se mais 5 minutos e por isso ao 2 correspondem 10 minutos. Depois com os ponteiros íamos simulando horas e minutos, para praticar. Percebeu facilmente, porque os contou, que ao fim de 1h passaram 60 minutos.


Mas o dia tem 24h mamã! E aqui no relógio só estão 12h. Então apareceram mais números, que normalmente não aparecem no relógio. Exploramos a noção do dia de 24h. O que são 0h, a manhã até às 12h e a tarde a partir das 13h. Ele percebeu que num dia de 24h o ponteiro das horas dá duas voltas completas ao relógio.





E por fim apareceu um relógio muito estranho (disse o F.) sem números. Depois de sabermos bem ver as horas, já nem precisamos dos números no relógio disse eu. 




abril 18, 2013

Relações entre os números








Acho muito importantes as crianças brincarem com os números através de jogos e manipulativos que lhes permitam perceber das relações entre eles e as diferentes operações. Para mim decorar só, é meio caminho para amanhã já não saber nada. Perceber e fazer ligações entre as coisas permite compreendê-las muito melhor e construir uma rede de conhecimentos muito mais sólida e duradoura.
Ando sempre à procura de formas divertidas de brincar com a matemática e que não coloquem o F. agarrado ao lápis e ao papel, pois para ele é um aborrecimento, e eu acabo por me chatear.
Numa destas pesquisas encontrei aqui uma ideia para relacionar a divisão e a multiplicação. Uns triângulos em que se colocam números nos três vértices, e entre esses números há algumas relações. Depois é brincar com eles e ir pedindo à criança para encontrar  essas relações.

Fiz então estes triângulos com a tabuada até ao 5.
Cada triângulo mostra-nos que a multiplicação dos números da base do triângulo dá o número do vértice oposto. A divisão entre os números nas laterais dos triângulos dá como resultado o número do vértice oposto.
Dá ainda para eles perceberem que 4x9 é igual a 9x4, por exemplo.  E assim, se aprenderam a tabuada até ao 4 percebem que afinal até já sabem muito mais.
Dá ainda para ver que resultados iguais, podem surgir da multiplicação de números diferentes. 
Bem e isto foi o que nós exploramos, porque se calhar ainda podemos encontrar mais relações.
Foram feitos facilmente com cartão dos pacotes de leite e fica uma ferramenta muito boa para trabalhar estas operações de uma forma mais divertida.
Não sei como é com os vossos filhotes, mas com o meu quanto mais a brincar e menos papel, mesa e cadeira melhor. Sentá-lo a uma mesa a fazer fichas é para esquecer.
Espero que este material possa ser útil. Eu gostei mesmo.