setembro 23, 2014

Explorar aguarelas

Em Maio inscrevi-me num curso on line de uma criativa que eu adoro! Alisa Burke. Tem uma criatividade infindável. O curso chama-se Flower Power e a Alisa mostra várias técnicas e formas de explorarmos, vermos e defenirmos as flores. Simplesmente adorei este curso.
Aqui fica um dos meus exercícios a explorar tecnicas de aguarela.












Destes já não resta nenhum na minha mão! eh eh eh. Já serviram de lindos cartões para presentes!

setembro 18, 2014

Superar barreiras!

Desde sempre me interessei pelas ates plásticas, criar com as mãos. Desde pequena que fazia as roupas para as bonecas, andava com tecidos e linhas para trás e para a frente, papéis, colagens, recortes, desenhos e tintas. No entanto sempre achei que o que fazia não era bom, eram apenas brincadeiras. Aquela falta de estímulo de quando somos pequenos, aqueles rótulos do tipo: Não tens muito jeito para...! Podia ser melhor! Não é bem assim que se faz um pato! O sol não é cor de rosa e blá blá blá, destroi qualquer criatividade interior!

 Depois fui crescendo e a minha formação levou-me para outra das minhas paixões, estudar o mundo e a natureza. Conduzi-me para o lado mais científico. Estruturei o meu cérebro para a ciência, e passei a acreditar que desenhar, pintar e criar eram atividades apenas para os criativos, para os que tinham estudado muito para isso, ou melhor, que já nasciam com esse dom! Passei a acreditar que algumas pessoas tinham jeito e outras não. Passei a acreditar que não poderia desenhar sequer uma flôr, quanto mais pintá-la. No entanto o bichinho lá estava e eu ficava deliciada ao ver desenhos, costuras e as criações dos outros. Sempre comprei materirias e dentro de quatro paredes sempre ía metendo as mãos nos meus crafts, sem nunca consentir para mim própria que poderiam ser vistos ou até gostados por outras pessoas.

Realmente há aspetos do nosso crescimento, e coisas que vamos interiorizando que simplesmente nos limitam e bloqueiam, impedindo que nos mostremos ao mundo, que nos expressemos conforme gostamos e queremos, sem ter qualquer receio do que outros vão pensar ou dizer.

De há uns anos para cá  decidi que isto ia mudar. Depois de ter um filho muita coisa mudou!!Comecei a pesquisar sobre CRIAR livremente sem medo. Comecei a permitir-me desenhar, rabiscar, pegar nos pinceis e pôr cores no papel. Tem sido uma aventura fantástica e descobrir que, com treino e vontade interior e AMOR por aquilo que se faz, afinal podemos CRIAR coisas de que gostamos.  Perceber que o que eu crio me dá prazer, faz-me vibrar e que a cada trabalho feito gosto cada vez mais do resultado final.

Fiz cursos de feltragem, modelação, costura e cursos on line. Acabei por fazer malas, saias, claças, desenhar, explorar, pensar fora da caixa. Ultimamente tenho-me dedicado mais às tintas, aos desenhos e colagens.

Tenho aprendido a não ter medo de CRIAR. Pegar nos materiais e explorar, criar o absurdo e não ter medo disso. Porque eu sempre fiz isso, mas guardava logo a seguir na gaveta. Agora permito-me mostrar aos que me rodeiam,, aos meus mais chegados.

 Por estímulo deles, e como forma de atingir mais um objetivo meu, a partir de hoje vou colocando aqui também as experiências que tenho feito, a exploração de materiais, de técnicas, o meu crescimento. Nos próximos tempos vou colocar exercícios que tenho feito nos últimos meses.
Não sou pessoa de me agarrar a uma técnica ou tipo de craft e passar anos a fazer o mesmo, por isso tanto podem aparecer aqui trabalhos de desenhos e tintas, como colagens, reciclagem, costura...
Enfim a expressão que me guia é CRIAR.  As técnicas e os materiais são os que me apetecerem no momento. O produto final é o que menos me importa. O que me interessa é o prazer que tenho ao brincar com os materiais e o meu crescimento.

Por um lado acabará por ficar como um álbum do que faço, um testemunho da minha aprendizagem.
Aprendizagem em casa, homeschooling para adultos, sozinha e com professores à distância.

Tem sido uma aventura fantástica. Espero que gostem!
Bem, mas se não acharem muita piada, também não faz mal, eu adorei criar cada uma delas.
É claro que os vossos comentários simpáticos serão sempre um estímulo! :)


A minha irmã, é sem qualquer dúvida a minha primeira fã. Gosta de tudo o que eu faço e sempre que lhe mostro algo o espanto é grande e o incentivo fenomenal e vibrante. Claro que nem tudo é assim tão espetacular mas ela é uma querida. É ela o meu grande incentivo para sair da caixa, para me mostrar e não ter medo disso.

Por isso o desenho que vou aqui mostrar hoje é homenagem para a Clau. Fiz este desenho no dia de Páscoa deste ano. Mostrei-lhe e ela simplesmente adorou. De tal forma que logo de seguida escreveu uma história à volta do desenho. Por isso o primeiro é para ti Clau. Obrigada pelo apoio, pelas palavras sempre de incentivo.









  


AMOR     CRIATIVIDADE     AUTOCONFIANÇA   

 ACREDITAR EM TI






setembro 17, 2014

Sentido de Humor

O F. tem um sentido de humor fantástico. Apanha tudo o que se passa à sua volta e depois encaixa noutras situações que é uma delicia. Ontem e hoje saiu-se com estas duas que tive de vir registar porque me iria esquecer de certeza.
Ontem era o 2º dia de escola. Eu sabia que ele tinha escolhido ficar sentado ao pé de um colega, mas também sabia que não ía durar muito tempo. À hora do almoço, estava a dar o telejornal e eu pergunto:


- Então F. continuas sentado ao lado do Miguel?
Não mãe agora tenho um “ Novo  Banco”.

 (Estava a dar a notícia do “Novo banco do BES"!)

 Bem ri-me tanto que a conversa ficou por aí)


Hoje à hora do almoço volto a perguntar

Onde estás sentado agora? Vi que não estavas ao pé do Miguel!
Não mãe agora estou “ Independente”.

(Estava a dar a notícia da independência da Escócia, ele tinha acabado de perguntar o que era ser independente e tinhamos estado a conversar sobre esse assunto)


Achei delicioso. A forma bem metida das piadas e com sentido de humor do meu filho! !!
Bem não é por acaso que ele diz que vai substituir o Ricardo Araújo Pereira, quando este se reformar! Eh Eh Eh 

Fim do Verão

Apesar de no calendário o fim do Verão estar marcado só a 23 de setembro, na realidade o outono decidiu instalar-se de vez. A chuva e o céu cinzento já por cá andam há uns dias e assim pode dizer-se que oficialmente o Verão terminou.

Um verão que foi fantástico, cheio de passeios, brincadeiras, riso, muita areia, sol e alguma chuva. A primeira vez do F. para algumas coisas: a primeira vez que provou algo com gás e gostou; a primeira vez que comeu algodão doce e não achou grande piada (muito doce mãe); a sua primeira ida a um campo de férias; a primeira vez que fez slide e rafting; a primeira vez que passámos uma semana separados; a primeira vez que sentiu o que eram saudades de verdade! Enfim fantástico!
E para que fique aqui registado no nosso  álbum, deixo alguns desses momentos. Adeus Verão. Até para o ano! 

Dêmos as boas vindas a esta nova estação, também ela encantadora. Faremos de tudo para aproveitar o que de melhor há no outono.























setembro 16, 2014

Regresso à escola

O post de hoje vem em jeito de desabafo. Serve para ficar registado para minha memória futura. Não tem sido a linha deste blog, mas apeteceu-me. 



 O regresso à escola significou este ano voltar para Castelo de Paiva. Uma decisão tomada totalmente a pensar no bem estar do F.. 
O quadro era, regressar para Coimbra para uma escola nova, e daqui a uns dias voltar para outra noutro lugar do país, ou voltar para Castelo de Paiva, para a escola que já conhece e aguardar as decisões do Ministério em mandar-nos para outro sítio qualquer. 

Não estou colocada ainda, o que significa que, o F. ou voltava a conhecer uma nova escola em Coimbra, ou eu voltaria para Paiva para que ele calmamente e sem ansiedade pudesse continuar com os seus amigos. 

Regressar não foi tão fácil como eu estava a pensar. Nova casa, novo quarto, deixar para trás quem se gosta e se quer por perto e vir na qualidade de desempregada à espera de uma colocação sabe-se lá quando e onde! 
Sim porque o risco é grande de, daqui a uns dias, ser colocada num lugar bem longe daqui e de Coimbra e de termos os dois de, mais uma vez,  fazer as malas e partir novamente e de o F. ir conhecer mais uma escola nova.

Se por um lado uns me dizem para não me preocupar com isso, pois conhecer novas escolas e novas pessoas fá-lo crescer e de eu saber que ele é um menino muito sociável e que se adapta facilemente, a instabilidade faz-me um pouco de confusão, e não tenho tanta certeza de que seja assim tão linear!! Andar como nómada não é popriamente o meu estilo de vida de sonho. e não saber com o que conto, a cada setembro que chega, começa a pesar em mim e por mais que eu ache, a cada ano, que vou enfrentar a situação com mais leveza e alegria, todos os anos nesta altura fico em baixo e ansiosa. 

Mas ontem ao ver a felicidade do F. ao regressar à sua escola, rever os seus amigos e brincar com alegria, fez-me pensar que esta terá sido a melhor opção. Agradeceu-me por termos vindo, percebeu que estamos aqui só para ele ir à escola que já conhecia.

Eu que prezo tanto a aprendizagem descontarída e sem ansiedades, andar de escola em escola, de professor em professor, faz-me criar receios e ansiedades quanto à escolarização do F. 

Uma vez que por agora o ensino doméstico não pode ser opção para nós, e uma vez que eu vejo que o F. adora ir à escola, para mim mantê-lo numa situação calma e descontraída parece-me o quadro mais feliz. Afastá-lo desta teia esmagadora, emocionalmente devastadora e desgastante que o nosso Ministério da Educação criou, sem olhar a pais, famílias e crianças. Ninguém é ouvido, as situações não são denunciadas, e a sociedade em geral, não faz sequer a menor ideia das histórias que se passam nesta vida de professores.

É triste, traz desalento e vontade de desistir. Mas as opções para outro modo de vida são muito poucas ou nenhumas e a solução é mesmo tentar ver as coisas de forma positiva.  Fazer perceber ao F. que o importante não é o lugar onde estamos mas sim estarmos sempre juntos, caminharmos  juntos, sorrirmos juntos e enfrentarmos os desafios com determinação e alegria. (ainda que às vezes seja difícil)