janeiro 30, 2014

Desenhar de olhos fechados


Uma atividade que gostamos muito de fazer é desenhar patos de olhos fechados. Parece estranho mas é muito divertido e um ótimo momento para descontração.

Normalmente temos uma ideia muito formal de como um animal, pessoa ou objeto deve ser desenhado. Acabamos, sem querer, por passar essa ideia às crianças. Depois estas decepcionam-se pois não se aproximam dessa perfeição. Passam a acreditar muito cedo (erradamente) que afinal, uns conseguem desenhar e outros não. E isso pode ser o suficiente para não pegarem mais em lápis de cor e desenhar. É o princípio da destruição da criatividade tão grande das crianças. (Esta é a minha opinião, resulta do que eu sinto e vejo. Não tenho qualquer formação artística, mas resulta da minha experiência enquanto mãe). Este tem sido um trabalho que também eu tenho feito. Desligar-me dos preconceitos de que não sei desenhar ou pintar porque não sou pintora e ousar pegar nas canetas, lápis e pinceis e fazer o que me apetece!

A forma como os objetos são representados pode variar entre, a cópia fiel do objeto em si e estilização do mesmo, a captação da forma essencial. Interessa a ideia.
E para mim interessa muito mais o sentimento, a diversão, a despreocupação na construção do objeto e o interesse em pegar num lápis e, sem medo, representar algo que estou a ver, ou que quero explicar.

Assim que, esta atividade é muito interessante para nos libertarmos da ideia de que  temos de desenhar bem.
Ora de olhos fechados seria difícil!
A proposta é fechar os olhos, pensar num objeto e depois desenhá-lo de olhos fechados. Nós temos a tendência de desenhar patos. Aliás o F. costuma dizer: “Mãe, vamos desenhar patos de olhos fechados?”. Mas depois acabamos sempre por desenhar outros animais e objetos.
Podemos aumentar o grau de dificuldade, tentando desenhar sem nunca levantar a caneta do papel. Foi o caso destes que fizemos ontem. Desenhamos de olhos fechados sem nunca levantar a caneta do início ao fim do desenho.
É um exercício giríssimo porque as crianças descontraem, não ficam preocupadas em pensar se vão desenhar bem ou não. E estimulam a criatividade. 
Rimos imenso quando abrimos os olhos e vemos que os pontos e linhas não coincidiram, mas afinal a forma está lá e até se percebe o que queríamos desenhar. As criaturas que resultam são mesmo muito giras e até podem depois ser usadas para outros projetos. Vale a pena tentarem!

Gostava que, caso fizessem esta atividade, me enviassem fotos das vossas criações que eu partilho aqui no blog ou o link dos vossos blogs com os vossos desenhos. Obrigada.









janeiro 27, 2014

Deixar espaço para a criatividade


Quando hoje li o post da Raquel do blog Colher de mãe (cantinho muito inspirador para mim), identifiquei-me completamente com a forma como ela descreve o que deve ser o  espaço criativo para as crianças. A Raquel deixa-nos a pergunta no ar: "Como fazem para manter a criatividade dos vossos filhos?"
Achei que era interessante responder com umas imagens nossas. Na nossa casa também sempre esteve tudo à disposição. Aliás a nossa sala era um espaço multiusos, mais atelier do que outra coisa. Não temos televisão e então os cantos estavam preenchidos com estantes onde os materiais para as atividades plásticas estavam todos à mão. Caixas com tintas, com papéis vários. Lápis e canetas dispostas em copos. Pincéis à mão de pincelar. Tenho ainda sempre disponível uma caixa com "lixo", ou melhor para outros é lixo, mas para mim não. São materiais vários, desde latas, cortiça, plásticos, esferovite, tampas...etc, onde podemos recorrer e inventar muito.
 Mas esta forma de disponibilizar tudo não se passa só com os materiais mais criativos, mas também com os livros, mapas, revistas e jogos. Estes materiais também sempre estiveram em estantes baixas e acessíveis.
Tantas vezes encontro o F.  a pegar num mapa,  num jogo, nos legos, num livro e está sozinho, interessado a explorar. 
Achei piada ao que a Raquel escreveu sobre deixar coisas pelo caminho. Muitas vezes faço isso com os livros. O F. Adora livros, mas verifiquei que muitas vezes se sou eu a dizer para vermos este ou aquele livro ele diz que não lhe apetece aquele. Então comecei a deixar os livros que eu queria que ele pegasse em cima do sofá, ou numa mesa, como se estivessem perdidos e caídos ali por acaso. Passado um bocado apanho-o sempre a folhear o livro, a lê-lo e a perguntar-me coisas sobre o que lê. 








Tento usar com ele vários materiais, explorar várias técnicas, pintamos coisas em conjunto.
Por vezes montamos mesmo um verdadeiro arsenal, parecemos uns reais artistas! 







 Aproveitamos a presença dos amigos para com eles também explorar a criatividade.



Agora que viemos para Castelo de Paiva, a grande maioria dos nossos materiais de crafts ficou em Coimbra. Trouxe para aqui pouca coisa. Mas continuo sempre com algumas atividades em ação, ainda que mais simples do que as que fazíamos em Coimbra!

janeiro 22, 2014

janeiro 20, 2014

Passeio no bosque

Um passeio em pleno Inverno que fizemos há alguns fins de semana atrás! ( já não venho aqui há já algum tempo!). Um bosque em Cinfães. Um lugar lindo. Mais uma oportunidade para explorar a nossa bela natureza. Mais umas colheitas e umas coleções muito bonitas! Que lugar mágico.











 Chaminés de fada lindas e perfeitas!







dezembro 04, 2013

VIII Mercado de Trocas


Como vem sendo habitual aqui no meu blog, venho divulgar uma atividade que se gosta muito cá por casa: Trocar brinquedos!! Aí está o VIII Mercado das trocas, dinamizado pela Casa da Esquina em Coimbra. Já falei dele aqui e aqui.
Este fim de semana não vamos a Coimbra, pelo que vamos perder esta edição do Mercado das trocas!! Mas o F. sempre que lá vai vem cheio de brinquedos "novos" e deixa a outros meninos os seus brinquedos.
Eu também acabo sempre por descobrir coisas interessantes como livros, DVD´s, jogos didáticos que compro com o "dinheiro" do mercado, resultado das vendas do F.
E nesta altura do Natal será muito bom fazer a reciclagem dos brinquedos antigos.

Para quem estiver por perto é uma atividade a não perder!! As crianças adoram.

novembro 25, 2013

Quando eles decidem experimentar...

Neste minha fase de transição para o ensino doméstico, muitas são as dúvidas. Quando leio sobre unschooling, pergunto-me se na verdade me conseguirei livrar da formatação de “escola” que tenho no meu cérebro. 
Numa das minhas leituras na internet, num blog sobre ensino doméstico, li algo sobre escrevermos num caderno todas as tarefas que vamos fazendo com os nossos filhos, muitas vezes nada estruturadas ou pensadas, mas que servem de ponto de aprendizagem, para verificarmos ao fim do dia, ao fim da semana, que na verdade fizemos muita coisa e que eles aprendem de muitas maneiras!

Na verdade, ando muito mais atenta e percebo que, para eles, muita coisa serve para aprender e que muitas vezes são eles que tomam a iniciativa de experimentar, de querer descobrir e dar resposta às dúvidas que têm. 
Estas imagens foram tiradas num desses dias em que o F. decidiu que queria encher o bidé com água e colocar objetos vários lá dentro e ver se flutuavam ou não! E depois pensou ele, e se eu juntar açúcar na água? e sal?
Bem a minha primeira reação ia ser: Na casa de Banho! No bidé! Uma maçã! Ia colocar imensos obstáculos à sua iniciativa de experimentar só por que era um local não tão apropriado!

Então pensei. E porque não? Vou deixá-lo fazer tal e qual como ele quer. Vou ver até onde vai.
E assim o F. dirigiu uma experiência totalmente idealizada por si.
Eu aproveitei e introduzi a recolha dos dados. Colocar no quadro o que ele observava.
Foi muito interessante ver o gosto com que ele fez a sua experiência, com que registou os resultados. 
Para mim serviu muito de reflexão. Não importa o local, os objetos e a forma de ensinar, interessa sim a aprendizagem que se tira quando se quer aprender!
Importa ir atrás dos seus interesses e a aprendizagem surge naturalmente.