Neste minha fase de transição para o
ensino doméstico, muitas são as dúvidas. Quando leio sobre unschooling,
pergunto-me se na verdade me conseguirei livrar da formatação de “escola” que
tenho no meu cérebro.
Numa das minhas leituras na internet, num
blog sobre ensino doméstico, li algo sobre escrevermos num caderno todas as
tarefas que vamos fazendo com os nossos filhos, muitas vezes nada estruturadas
ou pensadas, mas que servem de ponto de aprendizagem, para verificarmos ao
fim do dia, ao fim da semana, que na verdade fizemos muita coisa e que eles
aprendem de muitas maneiras!
Na verdade, ando muito mais atenta e
percebo que, para eles, muita coisa serve para aprender e que muitas vezes são
eles que tomam a iniciativa de experimentar, de querer descobrir e dar resposta
às dúvidas que têm.
Estas imagens foram tiradas num desses
dias em que o F. decidiu que queria encher o bidé com água e colocar objetos
vários lá dentro e ver se flutuavam ou não! E depois pensou ele, e se eu juntar
açúcar na água? e sal?
Bem a minha primeira reação ia ser: Na
casa de Banho! No bidé! Uma maçã! Ia colocar imensos obstáculos à sua
iniciativa de experimentar só por que era um local não tão apropriado!
Então pensei. E porque não? Vou deixá-lo
fazer tal e qual como ele quer. Vou ver até onde vai.
E assim o F. dirigiu uma experiência
totalmente idealizada por si.
Eu aproveitei e introduzi a recolha dos dados.
Colocar no quadro o que ele observava.
Foi muito interessante ver o gosto com que
ele fez a sua experiência, com que registou os resultados.
Para mim serviu muito de reflexão. Não
importa o local, os objetos e a forma de ensinar, interessa sim a aprendizagem
que se tira quando se quer aprender!
Importa ir atrás dos seus interesses e a
aprendizagem surge naturalmente.
A Mãe do F. tem várias dúvidas mas no fundo tem a maior resposta; chama-se Amor. Amor ao Filho, Amor à Ciência, Amor à Razão e, na essência, o Amor à Vida. Menina Francisca, quando alguém nasce, nasce selvagem. Não é de ninguém. Formatar, castrar, disciplinar sem Amor,nunca formará um ser humano consciente, livre, Homem. Tem sorte o F. por ter a Menina Francisca como Mãe. Bem-haja! Continue.
ResponderEliminarObrigada Carlos pelas palavras!
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